domingo, 13 de novembro de 2011

Eu dia. Eu clima.

As vezes me ponho a decifrar o quão (in)certos são meus planos. Faço. Com a mesma facilidade, desfaço. Não há como prever.
Um dia devo ensolarar. Noutro chover. Sou garoa, chuvisco, chuvarada, raios, relâmpagos, trovões.
Nada vejo, sou neblina. Se algum dia fui tornado ou furacão, percebo pela quantidade de coisa alheia que carreguei comigo involuntariamente.
Nuvens cinzentas cobrem o céu. Então forte faço surgir uma rajada de (in)vento, que sopra do meu mar para minha terra e leva embora o escuro, que bloqueia meus brilhantes raios. Aqueço o dia. Ilumino sorrindo. Se esquento demais, chovo de leve. Meus raios passam por entre os salpicos gotejados de água, exibindo o oculto arco-íris que está lá, embora raramente visível.
Entendo que anoitecer também é preciso. Então vago inconsciente por estas horas sombrias. Só sei que logo a manhã volta pra eu nascer-do-sol. Seguindo o cotidiano ciclo, sei que eu devo pôr-do-sol, e, antes de me esconder por de trás do meu mar, você terá de contemplar toda a minha beleza, que envolve vermelhos e amarelos, fundindo-se em um belo tom alaranjado, que contrasta com o azul e te encanta, embora nem sempre você me queira notar.

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