domingo, 2 de junho de 2013

O Terminal

Cá estou, de volta ao terminal... Palco de alegria, hora cenário de solidão mesmo em meio a vastidão de gente que se vê.
Pouco a pouco, a saudade estreita o laço e forma um nó apertadinho na garganta. O cenário, outrora feliz, faz despontar a dolorida sensação de deixar pra trás quem você gostaria de ter ao lado a todo instante. O breu da noite, as luzes dos carros, o barulho dos motores e da velocidade que corta o vento gelado, de alguma forma, aumentam a força da ausência e a vontade de querer-te mais e mais e infinitamente. Sem meio termo, meio dia, meia volta, meia hora ou meia dúzia, mas inteiro e genuíno.
Enquanto deixo a cidade, deixo o abraço e um até breve. Mas meu bem, esse amor só fortalece a esperança de reencontrar-te mais e mais vezes até o único intervalo existente entre nós se fazer o sono e só.