sexta-feira, 29 de abril de 2011

De hoje em diante.




Hoje eu te falei aquilo que há tempo eu gostaria de ter dito.
Gostaria que você me dissesse o que sabe sobra a minha vida além daquilo que você vê.
Será que você sabe sobre o que eu penso, sobre o que eu sonho, sobre o que eu quero, sobre o que sinto, sobre com quem ando?
Eu gostaria de ter levado uma surra do que ter escutado o que você me disse hoje. Gostaria de me curar de contusões, do que das palavras que recebi de você.

Sabe, eu entendo que não é fácil. Sei que não é.
Entendo que você tem de lidar com diferentes tipos de dramas todos os dias, que o seu universo de convivência talvez seja bem mais vasto que o meu, aliás, de fato é. Sei que muito mais gente conta com você do que comigo. Só que eu gostaria de saber o 'porque' de me sentir assim, como se houvesse um vácuo nos nossos diálogos, um buraco na nossa convivência.

Talvez você só reproduza comigo aquilo que já viveu antes de mim. Não duvido do seu afeto, da sua preocupação, do seu amor. Não, acredite.
Mas por que as vezes você parece tão indiferente? Você tem de concordar que não diz muito, que existe muita pouca fala, nada além do necessário entre nós.

Eu preciso de você. Eu realmente preciso. Só que ultimamente tem sido difícil lidar com seu temperamento. Não saber o que dizer ou falar, afinal sua reação é tão imprevisível quanto o que pode acontecer amanhã.

Não sei muito bem o que lhe pedir, se é que posso pedir algo. Não sei muito bem em que devo melhorar com você, mas eu procuro me esforçar em cada aspecto. Só sei que preciso de você, com outra postura por perto. Talvez quem sabe eu volte a ser aquela de um tempo atrás, e a gente volte a rir e brincar, conversar e cantar, contar com um ombro quando o consolo preciso se achar.

Seguindo em frente. Esperando a manhã trazer meu riso outra vez.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Em breve, ou não, talvez, adeus.






Nunca pensei muito nisso. Confesso esquecer, as vezes, que somos mortais. Não entenda como se eu não soubesse o que somos, mas vivo sob uma perspectiva utópica de imortalidade.

Apesar de sabermos, não temos consciência plena do quão frágeis somos.

Pensar que um dia você não estará mais aqui pra me ouvir, dói. Saber que um dia eu não poderei mais te escutar é pior ainda.

Desculpe pela minha insensibilidade, pela minha imaturidade, pela minha falta de paciência, por não saber te apreciar.
Não sei se me dei conta de tais coisas tarde demais, mas aquela tarde em que estivemos juntas e eu te ouvia falar de mim, das nossas vidas, da sua vida, de coisas que eu não sabia, dos meus antecedentes, do seu Zé Vieira, daquilo que me dá saudades, eu tinha vontade de chorar.

A verdade é que já sinto sua falta. Eu sei que parece bobagem, mas não consigo deixar de pensar em você. Sei que talvez ainda tenhamos anos para desfrutar de épicos momentos, mas por outro lado, talvez não.

Te vejo tão frágil, vulnerável, cansada. Sabe se lá de onde você ainda tira forças pra sorrir, dançar, brincar, cantar e caminhar.

Lembro que enquanto você contava suas histórias, eu forçava minhas pálpebras pesadas a não interromperem minha visão e calava meu cérebro com seus devaneios de sonhador para não me seduzir. Tentava romper o cansaço para que o meu corpo entendesse o quão importante era aquele momento que tínhamos, pois sabe-se lá quando teremos mais tardes assim.

Te ter por tantos anos ao lado, derrepente pensar que não nos resta tanto tempo.

Enquanto eu viver, cativa está a você a minha mais sincera admiração. Perceberei sua ausência na quietude do silêncio, no soar de uma gaita, na vociferação excêntrica dos estádios, nas rimas de um repentista, na alegria contagiante de uma criança, no verde que preenche a camisa do nosso time de coração, nas história que eu irei reproduzir aqueles que estão por vir, nas lágrimas que derramarei por conta da saudade, nos momentos em que terei de me adptar ao 'viver sem você'.

Não consigo parar de pensar em como eu descobri que simplesmente amo você, e que talvez um dia eu acorde e já não te tenha ao redor.

Na esperança de te ver outra vez, preservo meu melhor sorriso e abraço a você.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Onde a vida nos trouxe.


Hoje eu estava ouvindo 'Fast Car' do Tracy Chapman. A música me fez recordar e sentir saudades de coisas que já vivi e de outras coisas que nunca me aconteceram. É estranho pensar em tudo que já aconteceu e como o tempo faz calar os gritos de mágoa de um coração partido. Aquilo que doeu, hoje já não passa de lembrança. Sem rancor.

Confesso que faz algum tempo que não paro para ler outros blogs. Hoje resolvi ler alguns, já que estou afastada por conta da conjutivite.

Em um deles havia um post pra mim. Fazendo com que eu me recordasse de uma agradável noite, uma única dentre todas as outras do mês de março, que faz querer mais. Isso também me fez sentir saudade. Em um outro eu li sobre o tempo e sua escassez, ou nossa falta de sabedoria em usá-lo. Por último, lá estava aquele blog, que eu deixei de ler desde o desfecho de uma história sem final feliz, mas também não infeliz, a não ser que eu tivesse sido, por um momento, a infeliz da história ao seu final, segundo afirmação do oposto, mas descobri que não mais tarde. Enfim, resolvi ler. Acredito que as primeiras frases, talvez até todo o conteúdo, pudesse se destinar a mim. Quem sabe? Talvez seja um engano. Curioso foi que eu lancei um tweet há umas semanas atrás para a Déh e, talvez, possa estar relacionado justamente a isso, pois sob a mente de alguém possa ter pairado o pensamento que se destinava a sua pessoa. São minhas suposições. Reais ou não, engraçadas, no mínimo. Eu comecei imaginar que talvez ainda possa fazer parte dos pensamentos de alguém pra quem eu pensei que já houvesse me esquecido, ou não fizesse mais questão de mim ou minhas manifestações virtuais, neste caso uma bem pífia. Permita-me assim dizer. As pessoas interpretam e tomam pra si aquilo que querem, ou gostariam que se endereçasse a elas. As interpretações são livres e quando não fazemos uma citação clara a quem destinamos o que disseminamos, então pode ser para qualquer pessoa. Assim, quiçá, descobrimos o quanto ainda fazemos parte da vida de alguém. É bom saber que existe uma ou duas pessoas que lêem meus textos buscando algo pra completar seus quebra-cabeças, preencher suas lacunas, dar sentido a algo. Não farei uma menção do 'eu' a quem eu destino minha mensagem, mas se algum dia ler, saberá de imediato. Mesmo que eu esteja enganada sobre isso, mesmo que talvez não tenha sido pra mim, quero dizer que não guardo rancor, mas confesso que não me ocupo mais em saber o que você produz como antes eu fazia, muito menos com alguma espécie de reparos sobre esta produção, digamos assim. Desde o dia 'D', coisas boas aconteceram. Fico feliz se de alguma forma ainda sou relevante, mas hoje pouco do que eu sinto, penso e faço me trzem a tona você. Exceto por hoje, quando parei para escrever sobre isto. Talvez seja bom, talvez seja ruim. Quem sabe? Posso dizer que superei e redescobri bons sentimentos em novos olhares e sorrisos que me surgiram desde que desci do carro e enxuguei as últimas lágrimas daquele dia. Espero que pra você esteja sendo assim. Uma nova caminhada feliz, livre de fardos, desentendimentos, mentiras e traições. A você que ler, compreenda como julgar mais conveniente.



Sem mais.


Um lindo dia!




Ps.: O que aconteceu com o post do amanhcer e minha foto sem o 'Nick'? (risos)