quinta-feira, 12 de julho de 2012

Então você é juíz?


"Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.
Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus."Romanos 14:8-12


Não encare isto como um texto religioso. Se você tirar conclusões precipitadas, está agindo de acordo com o comportamento advertido por Paulo em todo capítulo 14 deste trecho de Romanos.


Por mais semelhantes que duas pessoas possam parecer quanto a personalidade, gostos, humor e tantos outros traços peculiares em comum que possam haver, ainda sim haverão coisas que irão destoar. Sempre haverá um conflito, mesmo que sútil, de ideias, de conceitos, de preferências. A questão mais importante é como lidar frente a tal situação.


Quando uma pessoa discorda de você, é normal surgir uma tensão devido ao confronto imediato de ideias do momento, contudo é necessário relevar o contexto, o conhecimento de mundo e todas as variáveis que fazem com que a pessoa pense em uma linha diferente da sua. Isso é demonstrar respeito pela opinião alheia e resguardo.


Infelizmente, costumamos tirar conclusões negativas muito precipitadas das pessoas que discordam de alguns de nossos conceitos, assim como dizemos que não gostamos daquilo que nunca provamos.


As pessoas não possuem obrigação de viverem para nos agradar, para agir da forma como agimos, pensar da forma como pensamos, se parecer conosco a tal ponto que se tornem idênticas a nós.


Aquilo que as vezes é bobagem para mim, para o outro pode não ser. Então é importante que haja uma compreensão profunda dos motivos de cada pessoa, antes de uma prévia crítica negativa, fundamentada em um respaldo de conhecimento sobre o outro não muito relevante.


É o que diz o texto, ocupemo-nos mais em nos preocupar com o que Deus tem pensado de nós, o que temos refletido em nossas palavras e atitudes. A única coisa que devemos ao próximo é amor. As demais coisas em que penso, a forma como vivo, o que falo, o que faço, destas coisas prestarei contas unicamente a Deus, assim como cada um nós fará o mesmo.


Se tivermos de corrigir algo, se tivermos de mudar a forma de pensar de alguém, que seja a nossa, de acordo com os preceitos divinos deixados a nós. O Espírito Santo é quem se encarrega de promover a mudança e convergir nossas mentes para que, como irmãos, possamos permanecer ligados e em comunhão, pois os nossos critérios são superficiais e banais para convencermos alguém do que é certo, ou do que é errado, pois nós mesmos, por tantas vezes, temos falhado.


Por fim, concluo com este verso:"E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho?"Lucas 6:41 


Atentemo-nos mais aos nossos desvios de caráter e amemos aos demais, como deve ser.