quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Ilustrando...

Havia uma menina, dessas meninas tão comuns entre todas as bilhões de meninas que existem neste planeta (Terra, para aqueles que não se situarem). Essa menina não tinha (ou tem) nada demais. Não era feia, mas também não era linda. Não era ignorante, mas também não era brilhante. Era uma menina dessas, uma menina, enfim... comum.
Não havia nada que fizesse essa menina se destacar. Ela tinha sua vida razoável. Pacata. Não era mais feliz ou infeliz. Era feliz.

Há um bocado de distância dali havia um menino. Menino que gosta de jogar bola, desses bem travessos, que tagarelam com todos e chamam a atenção. Pense num menino de bom coração, assim era o menino.
Não, não era tão comum. Ele tinha lá suas qualidade que lhe remetiam um certo destaque.

Pois bem, o menino um dia encontrou essa menina comum, como tantas outras. E então chegamos a parte interessante da história, algo naquela menina comum, especificamente aquela, lhe chamou a atenção. O menino então mostrou a menina que ela não era, assim, comum. Não que ela tenha deixado de ser comum, mas ai é que tá... Pra ele a menina era a única. Assim, eles se cativaram e ele se tornou único para ela. Já não importava ser comum aos olhos de todo resto, pois havia alguém único para eles.

A única coisa chata é a hora de partir. Lembra do bocado de distância? Pois, então... A viagem era um tanto longa. A menina tinha essa idealização, talvez boba para alguns, de um dia não precisar se despedir do menino, mas poder embarcar em um ônibus com ele. Que coisa boba, mas era algo dela. A menina entrava no ônibus, depois da despedida "tristinha" contraditoriamente feliz deles, sentava em sua poltrona e idealizava o menino ali com ela. A questão principal não é a viagem, ou o ônibus, mas é o tempo a se passar ao lado do seu único menino, entre bilhões, para ela não havia e nem haveria um menino como aquele, pois como eu disse ele era único. Ela idealizava estar ao lado dele quando fosse ele a partir também. Encarar aquela estrada juntos, de mãos dadas. Aquela estrada que carrega tanto sonho, tanta expectativa, tanta vontade, tanto carinho, tanta luta, enfim, tanto amor. Aquela estrada que se tornou um detalhe, mas é a estrada que faz a intermediação do encontro dos dois corações. Pra alguns pode não ter significado nenhum, mas feliz vai ser o dia em que todas as estradas o menino e a menina poderão trafegar de mãos dadas.

Não sei se você entende, mas talvez nem precise, porque o menino e a menina são únicos e exclusivos um do outro e a história é deles, ou seja, é uma história única e faz total sentido pra eles.

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