Se eu parar e olhar fixamente pra você, será que consigo desvendar alguns dos sussurros dos seus pensamentos?
Revele seu grito contido. O desejo escondido. O olhar nítido, tímido. O palpitar sufocado, disparado, agoniado.
O calafrio que percorre a espinha, as borboletas que que voam pela barriga.
O distante que se aproxima. A suave inclinação. A respiração que se confunde. O calor que se soma. Os lábios que se envolvem. As mãos que trazem perto, as mesmas que apertam. Braços que embalam, acomodam e entrelaçam os corpos.
Do sútil toque não premeditado, de imediato que arrepia, ao esclarecimento de que nunca chegamos a tal. Foi tudo vontade, desejo, saudade de viver o que jamais se viu acontecer.
Amar na contra-mão. Sentir o avesso do coração. Querer correr por um lado e caminhar ao contrário.
Amar na contra-mão. Sentir o avesso do coração. Querer correr por um lado e caminhar ao contrário.
Não saber se os devaneios são reais, se a mente engana, se o viés do coração distorce a visão, mas saber querer com tal intensidade de que chegue o tal momento, o momento de amar-te.
Nenhum comentário:
Postar um comentário