Caminhos desiguais, obstáculos na luz
provocando sombra pra acompanhar
a solidão de quem jaz em um universo irreal
de inverdades convictas que não cessam o mal.
Indiferente ao alheio que caminha ao lado,
desfaz do abraço pra cavar um buraco.
Ser amado e não amar
Quer presença e não estar
Subjugado, apaixonado pelo reflexo do espelho
beleza não há fora de si
desencontro é o que se acha ali
não olha quem fica pelo chão
tem uma pedra como coração
vive um viés de quem ignora o que é
anda na ponta dos pés
mas quer chamar a atenção
e nada de bom oferece não
sentença do ego que o cega
traz pra longe a vida que nega
viver sozinho, amigo
você escolheu seu caminho
ter gente ao lado
não é ser acolhido
tome pra si cuidado
ego maldito.