quarta-feira, 23 de março de 2011

Ego.


Caminhos desiguais, obstáculos na luz


provocando sombra pra acompanhar


a solidão de quem jaz em um universo irreal


de inverdades convictas que não cessam o mal.


Indiferente ao alheio que caminha ao lado,


desfaz do abraço pra cavar um buraco.


Ser amado e não amar


Quer presença e não estar


Subjugado, apaixonado pelo reflexo do espelho


beleza não há fora de si


desencontro é o que se acha ali


não olha quem fica pelo chão


tem uma pedra como coração


vive um viés de quem ignora o que é


anda na ponta dos pés


mas quer chamar a atenção


e nada de bom oferece não


sentença do ego que o cega


traz pra longe a vida que nega


viver sozinho, amigo


você escolheu seu caminho


ter gente ao lado


não é ser acolhido


tome pra si cuidado
ego maldito.

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